Dead Boys - I wanna get on out of here, find me something to do
Os Dead Boys nasceram das cinzas dos Rocket from the Tombs. Depois de dois anos de ensaios e de vários concertos no CBGB's, editaram em '77 um dos álbuns punk mais marcantes de sempre.
Apesar da sonoridade mais rock'n'roll, que os distingue de uns Ramones ou de uns Clash, a atitude punk esteve sempre presente nas letras - no niilismo de "Sonic Reducer" ("I don't need anyone/Don't need no mom and dad/Don't need no pretty face/Don't need no human race") ou no tédio e atitude violenta de "Ain't Nothing To Do" - e nas actuações ao vivo, pautadas pela provocação e violência auto-infligida do vocalista Stiv Bators, que frequentemente acabava o concerto com vários ferimentos.
Os Dead Boys foram a primeira banda a absorver a cultura do punk britânico e adaptá-la ao estilo de vida americano. Enquanto os Pistols e os Clash faziam canções relacionadas com a situação económica do Reino Unido na altura - em que grande parte da população não tinha emprego e vivia do subsídio de desemprego - a música dos Dead Boys é um reflexo da revolta e descontentamento de quem se sente preso ao modo de vida dos subúrbios: acabar o liceu, ir trabalhar para uma fábrica, arranjar uma mulher, casar, ter filhos e passar a tarde em frente à televisão com uma cerveja na mão a recuperar forças para voltar ao trabalho insignificante no dia seguinte.
Os Dead Boys encontraram um escape no Rock'n'Roll e serviram-se do tédio, desespero e violência resultantes da vida nos subúrbios para criar um álbum clássico que influenciou as várias gerações que se lhes seguiram.
Tópicos: punk
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