sábado, 30 de agosto de 2008

Bad Brains - Don't care what they may say, we got that attitude


Os Bad Brains tinham à partida algo que os destacava de qualquer outra banda punk de finais de '70: o background em bandas de jazz, a filosofia rastafari que todos os membros seguiam e a técnica instrumental que possuíam. Inspirados pelo movimento punk que aflorava nos Estados Unidos e Reino Unido, formaram-se com as principais influências de bandas como Ramones ou Sex Pistols e "roubaram" o nome a uma música dos Ramones (Bad Brain).
A fúria e rapidez que imprimiram à velha fórmula dos 3-acordes-e-sempre-siga deu origem a um novo estilo que se convencionou chamar hardcore punk. Não muito depois apareceriam bandas como Black Flag ou Dead Kennedys, sem dúvida inspiradas pelos Bad Brains, que dariam seguimento ao estilo, expandindo-o para outros campos.
O álbum de estreia é sem dúvida um dos maiores clássicos do estilo, intocável de uma ponta à outra. Faixas como Sailin' On, Attitude, Banned in DC ou Right Brigade demonstravam um grupo coeso com um talento fora do normal para criar explosões de fúria e energia condensadas em 3 minutos.
Outro factor impressionante é a dupla personalidade dos Bad Brains, que nos fustigam com faixas de hardcore furioso para depois nos acalmarem com o reggae mais pacífico e sereno que se possa imaginar.
A originalidade, inovação e hjghkjlkhjghfg fazem de "Bad Brains", a par de Damaged e Fresh Fruit For Rotting Vegetables, um disco de hardcore punk absolutamente essencial.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Remar contra a maré

Todos vemos como está o panorama musical no nosso país.Os artistas instituídos tocam em todo o lado...os outros não.Os artistas instituídos têm publicidade ao lançamento dos seus álbuns em telejornais...os outros não.Os artistas instituídos têm prioridade nas ondas de rádio...outros,nem lá passam.
Ora,alguns de nós,tentam dar algum destaque ás bandas/artistas portugueses e,trabalhando eu em lojas de música desde os meus dezassete aninhos e tendo sido músico,tenho algumas vantagens neste campo,tanto em termos de conhecimento musical como em termos de contactos.
Tendo feito este blog e algumas outras coisas para promover a música portuguesa e a música boa em geral e fiquei chocado com o que vi acontecer há uns dias.
Trabalho agora numa loja enorme com livros,discos,cafetaria e auditório...claro que achámos interessante a ideia de ter, de vez em quando um combo de jazz a tocar.Como sabem,há uma escola de jazz em lisboa que ao fim de algum tempo,quando os professores acham que os alunos estão preparados,formam combos e põem-nos a tocar ao vivo para ganharem "calo".
Qual não foi o meu espanto quando eles disseram ao meu colega que trata dos eventos,que só vêm cá se pagarmos!
É assim, estes rapazes estão a aprender...era só mais uma maneira de divulgar o jazz em portugal...eu sei que para a empresa onde trabalho,isso era só mais uma forma de se auto promover,mas dava uma grande ajuda na divulgação de músicos e bandas.
Será que têm tanto trabalho assim?
Como é que se rema contra a maré, se até os remos estão contra nós?

sábado, 8 de setembro de 2007

The Sonics - Some folks like water, some folks like wine... But I like the taste of straight strychnine


Os Sonics nasceram em inícios da década de 60, integrados na fervilhante cena garage rock de Seattle.

Desde cedo se fizeram notar pelo seu som crú, pelo som distorcido da guitarra, pela voz rasgada e gritos maníacos do vocalista e pelas letras sombrias e carregadas de humor negro.

"Here Are The Sonics", o registo de estreia da banda, foi editado em 1965 e permaneceu sem edição em formato CD até 1999, ano em que foi reeditado pela Etiquette Records. Com apenas 4 temas originais, sendo o resto do álbum constituído por versões de clássicos rock'n'roll (tais como Roll Over Beethoven ou Good Golly Miss Molly), os mais interessantes são os que estão referidos na capa:

- "The Witch" é a música perfeita para a banda-sonora de um filme de terror série B, com riffs macabros, solo alucinado e letras obscuras cantadas num tom ameaçador;
- "Psycho" é a típica canção sobre frustrações amorosas, com a particularidade de tratar um tema negativo - o desespero de um rapaz à beira loucura e com pensamentos suicidas - sem perder a boa-disposição;
- "Strychnine" é uma boa amostra do humor (negro) da banda em que o vocalista se refere ao veneno como a sua bebida preferida e incentiva os ouvintes a experimentá-lo, enumerando as várias "vantagens" e efeitos "positivos" da estricnina.

Ao lado de grupos como The Standells ou Count Five, com os quais partilhavam a mesmo atitude DIY e uma abordagem amadora ao rock'n'roll, os Sonics ajudaram a definir um estilo que daria origem a bandas seminais como The Stooges e NY Dolls e que viria a influenciar o Punk de finais de 70 e o Grunge em inícios de 90, assim como a onda de revivalismo punk-garage nos anos 80 e o aparecimento de bandas como The Hives ou The White Stripes, claramente influenciados pelo garage rock dos anos 60.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Entrevista com os D3O


Depois de algum tempo sem actividade, o Punk Psicadélico está de volta com uma entrevista com os D3O, banda de Rock n'Roll de Coimbra formada em 2003 por Toni Fortuna ex:Tédio Boys e É mas foice (guitarra e voz), Tó Rui ex:Batwings, Garbage Catz e Tu metes nojo (guitarra e coros) e Miguel ex:Garbage Catz e Planet Jacumba (bateria e coros).
Esta entrevista foi feita no único formato possível, sem eu ter de me deslocar a Coimbra nem eles a Lisboa.Pela Internet.

Punk Psicadélico: Como e quando começaram os D3o?

D3O: Todos nós tinhamos saído de projectos recentemente extintos, e tínhamos a necessidade de fazer música, já nos conheciamos e tudo apareceu naturalmente.

P.P: Como definem a vossa música?

D3O: Sincera, cheia de energia, suor, amor e carinho.

P.P: Onde vão buscar a inspiração para os D3o? Os Blues e o Rock n'Roll, têm uma grande influência na vossa música ou têm mais algumas fontes?

D3O: Isso tudo e a nossa própria vida.

P.P: Vocês não têm baixista, foi uma opção desde o início da banda? E porquê?

D3O: Na altura houve a ideia de tentar um novo formato, funcionou, e por isso ficou. ainda que não estejamos fechados a intervenções ou participações de outros instrumentos ou músicos.

P.P: Como é o processo criativo da banda? Tudo começa com uma jam, ou pensam primeiro no tipo de temas que querem tocar?

D3O: Tudo sai a partir de uma Jam, ou um riff que nos surge...normalmente é sempre um processo natural.

P.P: O que pensam do panorama musical do nosso país?

D3O: Pensamos que está melhor que à uns anos atrás, mas ainda há muito a fazer.

P.P: Acham que há palcos suficientes para as bandas tocarem em Portugal?

D3O: Nunca são demais.

P.P: Sentem-se incomodados de alguma forma quando aparecem tipos como o Sam the Kid a dizer mal das bandas portuguesas que cantam em inglês?

D3O: Quem é o Sam the Kid??? (brincadeira...) estamos num mundo livre, em que cada um se exprime como quer, e é só isso.

P.P: Qual é a vossa opinião acerca do Mp3? Acham mesmo que isso vai acabar com os músicos e as bandas, ou na verdade vai acabar com uma indústria discográfica completamente corrupta e monopolista?

D3O: Achamos que o Mp3 é só mais um formato. A indústria discográfica corrupta sempre há-de existir, tal como qualquer outra industria, mas cabe-nos a nós discernir o que nos interessa e tomar as nossas opções de acordo com os nossos principios.

P.P: Acham que a internet pode ser um veículo melhor para divulgação de bandas do que as editoras?

D3O: Achamos que agora, neste momento, uma não pode subsistir sem a outra, mas semeditoras, as bandas não têm trab alhos cá fora...e torna-se um ciclo incontornável.

P.P: Já têm em vista o próximo álbum?

D3O: Gravámos umas múscias novas, que já se tocam ao vivo...andamos a trabalhar nesse sentido, ainda que o nosso objectivo(desde o principio)nunca foi gravar o album....mas sim ir gravando registos e tocar ao vivo. Mas é uma hipotese que não descuramos...


Os D3O usam: Guitarras Gretch, amplificadores Hugues & Kettner e Fender e Bateria Ludwig e Pearl



Punk Psicadélico

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

PROCURAM-SE COLABORADORES

O Write n'Roll procura colaboradores para escrever uns artigozitos de vez em quando, visto os colaboradores originais estarem sem imaginação, deprimidos, com vergonha ou whatever.
O Punk Psicadélico não está para fazer tudo sozinho.

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